O renomado médico anticorrupção Cassio Souto dos Santos ensina como fiscalizar verbas públicas na área da saúde. Segundo ele, é necessário uma grande mobilização das pessoas acerca deste assunto.
Hoje no Brasil é muito comum ver nos noticiários notícias de fraudes nas contas públicas. Não só na saúde, mas em praticamente todas as pastas. Mas, é na saúde que o povo acaba sentindo um impacto maior.
“As pessoas precisam fiscalizar mais onde entra e sai as verbas públicas. Ficar em cima, questionar os gestores, tudo isso é muito importante e válido nesses momentos”, comentou Cassio Souto dos Santos.
Em cidades pequenas, é mais fácil ficar de olho nas movimentações públicas que a cidade aplica. Ao contrário de metrópoles, como São Paulo, onde é preciso mais tempo e pessoal para isso.
Por lei, hoje existe o portal de transparência. É um site onde todos os órgãos públicos devem colocar cada gasto sobre casa coisa. Na saúde não é diferente. Tudo que for, desde contratações, gastos com equipamentos ou remédios, estão lá.
“Existe também o Diário Oficial da prefeitura. Lá, periodicamente a secretaria de saúde revela tudo que está sendo feito nos hospitais. Além também de todas as outras pastas estarem lá”, comentou Dr Cassio Souto Santos.
Outra atitude muito interessante é conversar com os vereadores. Afinal, é um dos papeis da Câmara Municipal fiscalizar as verbas municipais.
“Participe das assembleias, seja ativo nas redes sociais e converse muito com seu candidato. Parece pouco, mas isso contribui muito para que os gestores tenham mais atenção quando trata do dinheiro do município”, comentou Cassio Souto Santos.
Experiência em combate à corrupção é marca de Cassio Souto dos Santos
O Dr Cassio Souto, dentre vários orgulhos que possui em sua carreira, tem como marca ter sido o médico a criar o grupo anticorrupção. Esse grupo é formado por pessoas que, assim como ele, estão cansadas de tanta desonestidade no meio.
“Criei o grupo no intuito de mostrar aos corruptos que os honestos sempre estarão a frente. E o mais bacana, além do resultado, é que esse grupo é formado por pessoas de diversas áreas, não só médicos”, comentou Cassio.
Segundo o médico, o fato desse grupo ser formado por pessoas de todas as áreas, como engenheiros, pedreiros, vendedores e etc, mostra que verba pública é um assunto de interesse de todos.
“O fato é que, desde um médico, até um político, ou mesmo uma dona de casa, todos nós usamos e temos o direito de usar o sistema público de saúde. Por isso, quando há um desvio de verba, por exemplo, sai do bolso de todos nós”, completou.
Além desse grupo, Cassio Souto Santos já participou de diversos eventos e reuniões acerca do assunto. É raro ver um médico que se aplica tanto ao combate à corrupção como ele. Ainda mais em um país como o Brasil.
Então, essa dica e criar também um grupo de fiscalização contra a corrupção que acontece nas verbas públicas das administrações do Brasil. Isso é um movimento cidadão que pode ajudar a população mais carente.
“Para fazer algo assim é bem simples. Basta organizar as pessoas através de um grupo, seja de Facebook ou Whatsapp, e combinar com eles sempre que puderem questionamentos, observações e até manifestações se for o caso”, comentou Cassio Souto Santos.
Conclusão
Conclui-se então que há várias maneiras de se prevenir contra corrupção no sistema público de saúde. Seja por meio de fiscalizações, consultas, questionamentos. Tudo é válido nesse momento.
E uma pessoa que possui grande experiência nesse caso pode ajudar de várias formas. O Dr Cassio Souto Santos elencou algumas maneiras bem simples que a população pode fazer para isso.
É de dever do administrador público zelar pelas verbas e pelos contratos que são geridos. Porém, também é um dever de cada um fiscalizar isso. Tomando essas atitudes, a sociedade evolui e aprende cada dia mais.
“Minha última dica é pressionar o prefeito da cidade. Ele que tem o grande poder fiscalizador dentro da esfera pública municipal. Por isso, fale com seu candidato, e o questione, para ele ser o seu verdadeiro representante na administração pública.”, concluiu o médico.
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